Sejam Bem Vindos!

Quero agradecer, carinhosamente, pela sua visita e espero que possamos continuar partilhando experiências, as quais considero-as importantes para manutenção de minha recuperação.
Sua partilha (comentários) aqui nos Posts, bem como seguir-me quando julgares conveniente, é importante para que possamos estreitar ainda mais a nossa amizade, algo que é fundamental para um crescimento em nível de ser humano...ainda mais quando se trata de um adicto em recuperação, como eu.
Por isso, mais uma vez, muito obrigado por sua presença!
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Que O PODER SUPERIOR continue te concedendo o direito de reconhecer, aceitar e realizar a Vontade DELE, em todas as suas épocas e lugares, para que só assim, possas continuar desfrutando destas Dádivas de renovados dias Limpos, Serenos e repletos de Saúde e Paz!
Abraços e TAMUJUNTU.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

FOI ELE...

"DEUS age de forma misteriosa nas realizações de Suas Maravilhas!".

Eu, que passei tantos anos de minha vida atoa, sendo ateu, hoje desfruto de muitas Dádivas do PODER SUPERIOR, dentre elas, estar vivo e estar Limpo, Só Por Hoje. - Um verdadeiro MILAGRE!
Esta semana fui agraciado por mais uma Dádiva. Quer dizer, eu e um outro amigo, à quem estou estendendo a mão.
O Post é um pouco grande, mas vale a pena conferir.
Eram aproximadamente 16:30hs desta terça, (11/10/2011), quando recebi um telefonema, com mais um pedido de ajuda de mais uma Mãe desesperada pelo sofrimento de um filho dependente químico. Desta vez, era a Mãe de um amigo meu, (a quem chamarei aqui de João, preservando o seu anonimato),  que saiu recentemente de uma Comunidade Terapêutica, mas já está na ativa novamente. Fui a sua residência por volta das 18:30hs. Lá encontrei um outro amigo nosso, também adicto na ativa, que chamarei aqui de José, também preservando sua identificação.
Fiquei sabendo, então, que o João havia pego algumas jóias da família, além de um notbook e uma filmadora da irmã. Segundo o José, o João fazia poucas horas que tinha saido com estes objetos, pois ambos haviam conversado há poucos instantes. José me disse onde João poderia ter ido negociá-los e, a pedido da família que gostaria de recuperar pelo menos as jóias, resolvi ir nesse lugar.
O José também se prontificou em ir juntos, afinal, se encontrasse o João, teria bastante droga pra curtir, né?
Fomos no primeiro local, mas nem sinal do brother. Fomos em outro...nada. Fomos em uns seis lugares, sem nem vestígio. Encontramos uma amiga nossa, também usuária de drogas, que nos deu umas informações. Seguimos as pistas que nos levou à um bairro da periferia, um dos locais mais perigosos e violentos da cidade. Chegando lá, começamos a andar de "boca" em "boca". Lá existe mais "boca" do que residência.
No Submundo do Sistema, as coisas é mais organizada do que se imagina. Quando nós começamos a procurar nas primeiras "bocas", a quebrada toda já tinha conhecimento de nossa presença e do que estávamos fazendo ali. Pelo meu amigo, nem tanto, pois ele sempre estava lá, buscando drogas. Enquanto que eu, eles já sabiam que estava ali para tirar alguém das drogas.
De repente, se aproxima um menor de mim e diz: "Tá sujeira! Tá sujeira!" - E continua seu percurso.

Cheguei numa quebrada onde uns "malucos" disseram que viram ele passando há poucos instantes pro lado do rio, com "fulano" e "cicrano". Continuamos procurando, quando fui abordado por três caras, perguntando o que era desta vez. Quando eu respondi, um deles disse que era bom eu não me meter nessa parada, porque o cara já tinha passado o "bagulho" pra frente e não tinha mais como desfazer o negócio. Então, eu perguntei onde ele tinha ido e eles disseram: "Já lavrou!" = (que quer dizer 'foi embora').

Nessa hora, meu amigo José virou pra mim e disse:
"-É doido! Então vamos 'lavrar' também!".

Decidimos voltar. Só que, quando chegamos na entrada da quebrada, encontramos novamente a "doidinha" que havíamos encontrado antes e que já foi logo nos perguntando:
"- E aí? Encontraram ele?"

Eu disse: "-Não! Ele já foi."

"-Já foi? Eu passei por ele ali, agora há pouco!" - disse ela.

"-Como é que tu passou por ele aqui dentro da favela, se tu tas entrando agora?" - perguntei.

" -Entrando agora? Naquela hora que vocês passaram por mim eu tava esperando esse doido aqui para mim trazer aqui. Nós já entramos, já pegamos a 'parada' e já tamos é saindo. Já vi ele ali dentro e tu ainda não encontrou?" - disse ela, demonstrando admiração.

Eu perguntei aonde foi que ela viu ele e ela disse direitinho. Nestas alturas, o José bateu a "fissura" e decidiu seguir com eles e me disse: " -É melhor tu ir embora, cara! Já tá tarde!".

Nisso, já eram quase 21:00hs.
Mas eu decidi voltar. Mas também lembrei-me das sugestões do manual do Linha de Ajuda, de que devo evitar ir ao encontro do adicto em seus locais de ativa.....principalmente sozinho. Resolvi, então, ligar para um outro brother. Ele não podia vir naquele momento, então pedi para que ele ficasse na linha, que ficasse em silêncio, sem fazer um barulho sequer, pois eu iria colocar meu telefone no viva-voz e iria descer na quebrada, na beira do rio. Caso ele escutasse algo, saberia onde me encontrar. Ele ainda tentou me convencer a voltar pra casa, mas eu prossegui. Coloquei o telefone no ombro, por baixo da camisa.
Andei novamente a quebrada toda. Quando chego no final do beco que desce pra beira do rio, vejo uma movimentação estranha. Percebi que era pela minha presença. Dois caras se aproximaram e perguntaram se eu ainda não havia encontrado o "maluco", deixando claro que eles já sabiam o que eu estava procurando. Respondi que não e que sabia que ele estava ali perto. Pedi pra chamar "fulano", que é quem manda naquela quebrada e eles disseram que ele já tinha ido embora.
Nessa hora, um deles passou por mim e fez um gesto com a cabeça, tipo mandando segui-lo. Ele estava voltando para o beco. Despediu-se da galera e subiu.
Eu dei um tempinho conversando e subi atrás. Lá em cima, vejo ele encostado numa árvore, escondendo-se. Pediu para eu me aproximar e me perguntou o que eu era do brother que eu tava procurando e eu disse que era muito amigo dele.
 Então, ele me disse: "-Cara! Vê só! Ele tá com umas mulequinhas aí, sacou, que gosta de levar o cara pro 'cheiro do queijo', tá ligado? Ele tá cheio dos bagulho e uma delas já tava chamando uns e outros pra 'patolar' ele, morô? Ele tá lá na beira do rio, perto das dragas, onde tira areia. Mas os caras tão esperando eles subirem ali, que é pra 'patolar', tá ligado?"
(Na gíria, "cheiro do queijo" é levar para a vítima, de forma enganosa, para o local onde ele será surpreendido. E "patolar" quer dizer, revistar o cara e tomar seus pertences).

Aí eu disse: "-Quer dizer que ele ainda tá com os bagulhos dele?"

"-Ele fez 'rolo' num notbook e desceu ali com umas gramas, mas já deve tá voltando, tá ligado? Mas ele tá cheio de jóias da hora, oh, véi!" - disse ele.

"-Tá massa, doidinho. Valeu!" - eu disse.

" - Ei, muleque! Aí...Num vai 'bater a fita' pra ninguém, não, aí, morô? Sei que tu é sangue bom e se é teu chegado o muleque lá, tu tem que ganhar a fita, sacou?" - disse ele, receioso de ser visto entregando a 'fita'.  (bater a fita quer dizer, comentar, contar a alguém).

"- Tá massa, mano! Valeu! Pode ficar tranquilo!". - disse-lhe.

Sai caminhando pelo beco, quando escutei baixinho: "-Ei, doido!"
Era o meu brother no celular.

Eu disse: "-Cala a boca, véi!".

Ele insistiu: "-Meu irmão, se sai dessa, doido!".

"-Cala a boca, véi!!!! Tu vai me prejudicar, porra! Fica só escutando!" - falei, já naquelas de alguém se ligar na parada.

Cheguei novamente no final do beco e encontrei os caras. Os ditos caras da espera. Cumprimentei-os novamente e passei. Um deles me disse que num tinha ninguém ali em baixo, não. Aí eu disse que fui informado que meu amigo estava lá e que tinha uns caras que estavam esperando ele subir pra 'patolar' ele. Eles me perguntaram quem havia dito isso, pois além de não ter ninguém lá em baixo, ali nas quebradas não rolava dessas ondas, não.

Aí eu disse: "-Meu irmão! Aqui eu tô ligado em tudo, bota fé? Vocês sabem que eu conheço essas quebradas aqui tudo e sei o que rola por aqui. E quem me falou num importa, não. O que importa é que o muleque que me falou me considera e eu considero também esse muleque que eu tô procurando, tá ligado?"

Um outro respondeu: "-É doido...aqui tem umas 'doidinhas' que gostam de tirar os caras, tá ligado? Mas nós aqui é de boa e num rola isso não, sacou? Tu tá ligado na gente, né?"

Outro ainda disse: "-Aê, muleque! Eu tô ligado que tu representa e tal. Tu é sangue, oh! Aqui ninguém, mexe contigo, não, e nem com teus chegado, firmeza?"

Aí eu disse: "- Vamos fazer o seguinte. Eu já ganhei a fita toda, bota fé? Vamos fazer o seguinte...eu boto uma parada de boa pra vocês encontrarem o muleque pra mim...."

Eu nem terminei de falar, logo um se levantou e, com o "ferro" na mão, me disse: "-Vai rolar o que?" (ferro = revólver).


"-Tá vendo que tu sabe onde ele tá?" - falei.

"-Não! Sei não! Só quero saber o que vai rolar que eu vou te ajudar a procurar!" - disse ele com um sorriso no rosto.

Então, eu falei:"-Meu brother! Tu tá ligado em mim. Vocês tudinho tão ligado em mim. Quando vocês começaram nessa vida, eu já tava formado nela e já tava me aposentando, tá ligado, né? Você não precisa me tirar, não, véi...num rola não!

Nessa hora, um olhou para o outro...rolou aquele silêncio.

Eu disse: "-Eu tô ligado até quem era que ia 'patolar' eles. Mas ia, porque sei que agora não vão mais não, né mesmo?"

Soltei um sorriso', virei as costas e finalizei: "-Agora eu vou lá buscar o brother."

Caminhei pouco quando escutei um deles me chamando:
"-Ei, Gabriel! Nós não sabia que ele era teu chegado, não....bota fé?"
(Me chamaram de Gabriel, pois esse foi o nome que adotei quando de minha ativa e tinha broncas com a Justiça aí tive que mudar de nome, de cidade, de Estado e tals. E até hoje, nas quebradas, eles me conheçem por Gabriel).

Olhei para eles e respondi: "-Tá valendo, brow! Relaxa!" - disse e continuei andando, até que cheguei nas dragas.
Começei a chamar o João.
De repente, me aparece uma 'doidinha' das antigas e diz:
"-Eaí, Gabriel! O que tu tas fazendo aqui, meu irmão?"

Olhei para ela e respondi: "-Minha irmã, até tu tas nessa parada também, é?"

Ela fez de conta que não tava sabendo de nada e questionou:"-Qual foi?"

Eu disse: "-Eu tô ligado em tudo, minha irmã! Falei com os caras lá em cima e tô ligado que vocês tão armando pra 'patolar' o muleque. Só que tu tas ligada que eu conheço bem aqui essa quebrada, né? E os caras me consideram, aí me passaram a fita. Num precisa querer me tirar de tempo, não, tá ligada?"

Enquanto ela tentava me manipular, o João escutava a conversa e asssustado, decidiu aparecer de dentro dos matos, para querer saber o que tava rolando.

Então, eu disse: "-Meu irmão, vamos 'lavrar' logo, antes que tu se fôda aqui, véi."

Saimos andando. As duas 'doidinhas' atrás, chamando ele, pedindo pra ele ficar. Enquanto que ele tava era querendo saber como foi que eu encontei ele ali naquela quebrada...como eu soube que ia rolar aquela "treta", e eu apenas disse: "-Meu irmão! depois eu te falo, véi...porra!"

Aquele pedaço de pouco mais de 1km da beira do rio à entrada da quebrada, parecia ser uma distância de 50km. Todos nos olhando e nos cumprimentando, com gestos com a cabeça. Não mais vi os caras na subida do beco. Já deviam ter ido atras de um outro vacilo.
O João ainda queria ir pegar mais substâncias para usar. Tentou o tempo todo se livrar de mim, mas eu disse que não tinha vindo ali, passado aquele risco todo, só pra encontrar ele e deixar ele ficar ali.

Mais na frente, tirei o telefone do ombro, por baixo da camisa e falei:
"-Pronto, brother! Já saimos! Tá tudo de boa aqui. Tamos indo pra casa, já!"

O meu amigo do outro lado da linha disse:
"-Meu irmão! Tu é muito doido, cara! Eu chamei a Janice aqui pra se ligar na tua doideira. Ela fez foi gravar aqui tudo num MP4, bota fé?"
Fez, ainda, uma porrada de comentários, me criticando e dizendo que eu tava vacilando, me arriscando daquele jeito. Tive que ouvir calado, pois realmente ele não estava mentindo. Sem falar que ele estava há um tempão me escutando, então, eu tinha mais que escutá-lo também.

Quando chegamos na casa do João, já quase 22:00hs, ele me perguntou:
"-Sim, cara! Agora me diz como foi que tu me achou ali?"

Eu disse:"- Brother! DEUS age de forma misteriosa nas realizações de Suas Maravilhas! Não fui eu quem te encontrei....foi ELE quem me levou até você e QUEM nos tirou de lá....tu bota fé nisso?"

A Mãe e o Pai dele ficaram alegres em poder recuperar as jóias. O notbook e a máquina já havia virado fumaça. Porém, quando eu contei à eles o que realmente havia acontecido até eu encontrar o João, os pais perceberam que jóia rara, preciosa e inestimável, era o filho deles. Os dois encheram os olhos de lágrimas, se levantaram e abraçaram aquele rapaz que estava ali, ainda sem se dar conta do risco que acabara de correr.

Pelo que eu conheço aquela quebrada...pelas 'figuras' que estavam com ele...pelo que eu conheço os caras que estavam aguardando o sinal pra agir...as possibilidades dele sair dali contando história seria mínima, pois o pessoal já sabiam que eu estava procurando ele e se fossem agir (como de fato iam), jamais iriam deixar ele vivo para depois ele dizer quem foi que fez a 'parada'. O setor onde ele estava, na margem do rio, sempre acontecem crimes dessa natureza.

No outro dia, eu peguei a gravação de toda a conversa e levei para a irmã dele, pois ela havia solicitado, só mesmo pra ver como é a realidade do Submundo do Sistema.

Mas eu disse pra ela: "Aqui você vai ter apenas uma pequena noção...jamais vais conseguir compreender o que se passa dentro desse Submundo!"

Só hoje estou fazendo este Post, pois precisei tirar as frases que aqui citei de acordo com a gravação. Gostaria muito de disponibilizá-la aqui, mas, infelizmente, me comprometeria bastante, pois existem nomes e as vozes podem serem reconhecidas pelos que fazem parte do Sistema.

Meu amigo João decidiu voltar novamente para a Comunidade Terapêutica. No outro dia, quando escutou a gravação e viu o que a galera lá tinha dito que estavam programando fazer, ele me disse:
"-Cara! DEUS colocou tu na hora certa, oh! Acho que é mais uma chançe que ELE tá me dando, né não?"

A família mandou eu fazer o pedido de uma substância que ajuda bastante no tratamendo da DQ, para que o João possa fazer uso dela. O valor é até um pouco "caro", digamos assim, mas, em si tratando de vidas, sabemos que não há preço.
É como o Pai dele me disse: "Isso não é nada se comparando pela vida do meu filho!".

Quem está usando drogas, não enxerga os risco que passa!

 

Agradeço mais uma vez ao PODER SUPERIOR por esta oportunidade de ser merecedor desta Dádiva.
Um adicto, Limpo, Só Por Hoje.
Abração e...
...TAMUJUNTU.

5 comentários:

  1. Nossa... que mundo...que vida...pensar que uma pessoa tão querida a mim, vivenciava esse tipo de coisa, é algo que me gela a espinha...
    Ele? misturado com tudo isso? tão baixo...tão horrível... tão dificil de acreditar....
    Parabens pela coragem amigo, nossa voce foi um herói...
    tamo junto...
    Beijoss

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  2. Seus textos me emocionam e me fazem cada vez mais ter a certeza de que você é um vencedor...
    parabéns por ter aprendido com seus erros e por ter dado a volta por cima...
    Bjos, estamos juntos sempre

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  3. É, Gaby....as coisas são disso pra piores, amiga!
    Nessa vida de adicção ativa, quando a fissura bate, todos se nivelam. Tenho visto doutores sentados na calçada, usando com analfabetos. Moradores de ruas que um dia foram grandes empresários. Conheço muuuuuuuuitas, mas muuuuuuuuitas pessoas mesmo que são de família de classe alta, mas que estão nas favelas escondidos da justiça, praticando crimes e fazendo parte deste submundo do sistema. As drogas verdadeiramente não discriminam.
    Valeu, amiga.....TAMUJUNTU.



    Giulli, minha amiga!
    Valeu, oh!
    Abração e TAMUJUNTU.

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  4. Só por Deus hein companheiro!!!!!
    Acho que além de pensar que Deus salvou a vida do seu amigo ele tem que pensar e que tem que fazer valer a pena o grau em que vc colocou em risco sua recuperação pessoal pra ajudar ele...
    Só quem já passou a noite em quebrada é pode saber o que é... Um grande amigo meu tem uma opinião que acho muito proxima da realidade do que é uma quebrada:
    È o proprio umbral transformado em realidade fisica!

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  5. Vencendo a cada dia

    è barra mesmo heim, e como é difcil para as pessoas que não conhecem imaginarem este mundo e ele é paralelo ao nosso, anda junto com a gente, cruzamos com pessoas que vivem isso e as vezes ainda jungamos pela aparencia.
    Sei bem comoé este mundo.
    Parabens por estar vencendo

    Melhor que conquistar um trofeu, é ganhar varias batalhas TODOS os dias

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