Saudações, meus queridos amigos e minhas queridas amigas!
Somente
pela Graça de DEUS, estamos mais uma vez aqui neste encontro carinhoso e espero que estejam todos desfrutando de saúde e sobriedade.
Como é bom poder novamente estar aqui em nosso espaço, falando de um assunto inesgotável, que é a Dependência Química.
Como eu sempre digo, este assunto das drogas
é inesgotável porque o uso de drogas vem aumentando no Brasil nos últimos anos.
É um problema de saúde pública que é complicado de se entender e um problema
social que é difícil de resolver.
De acordo com Romaní (2007): "Quando falamos de droga dependência, não falamos somente, ou principalmente, dos efeitos farmacológicos de uma – ou várias - substâncias sobre um indivíduo, falamos de um conjunto articulado (constructo sociocultural) de processos de identificação, de construção do eu, de estratégias de interação e de negociação de papéis, etc. Enfim, de todo um emaranhado dinâmico que, junto com muitos outros elementos relacionais, psicológicos e culturais, contribui para a construção do sujeito e através das quais este orienta sua existência, ainda que nestes casos seja através de conflitos básicos de sua vida.”
Essa epidemia do crack têm causado danos
enormes e irreparáveis para o País (quando se fala de números, R$ gasto,
etc)... Danos enormes para a sociedade (quando se fala de roubos, assaltos,
violência de forma em geral)... Danos enormes para as famílias (quando se fala
de separações, de desemprego, mortes, etc.)
Mas o crack é apenas a ponta do iceberg.
Temos por trás disso tantos outros males que causam tantos outros danos maiores
ainda. Causam consequências bem maiores. Temos outras drogas que também causam
malefícios de forma bem mais abrangentes de que o crack, como é o caso da
bebida alcoólica. Abrangente porque causa danos não somente ao bebedor, mas
direta e indiretamente aos que cercam o usuário de álcool, bem como a toda sociedade.
Desemprego; baixa produção no serviço; acidentes de trabalho; violência
familiar; acidentes de trânsito (este tipo de acidente muitas vezes as vítimas
nem tinham problema com sua maneira de beber, mas estavam alcoolizado na hora
do acidente).
De acordo com o Ministério da Saúde, o álcool
é a droga preferida dos brasileiros (68,75). O alcoolismo é a doença mental mais comum no mundo. No Brasil, 90% das internações em hospitais
psiquiátricos por dependência de drogas, acontecem devido ao álcool. O
tabaco também é responsável por milhares de mortes/ano no Brasil e Milhões no
mundo. Os ansiolíticos também são responsáveis por grandes
males à sociedade. Anfetaminas - o Brasil é o maior consumidor de Anfetaminas do
mundo.
Então, o crack é apenas a ponta do iceberg.
Há muitas outras consequências bem piores. Sem falar nos crimes de lavagem de
dinheiro, corrupção, suborno, formação de quadrilha, etc. que têm por trás
dessa imensidão de drogas que assolam o mundo. No Brasil, faz até vergonha essa
realidade.
Em estudo feito sobre o uso de crack, Sapori e Medeiros (2010), ressaltam que, apesar da heterogeneidade dos usuários de crack e de formas de uso da droga, há aspectos comumente vivenciados por aqueles que fazem uso abusivo, ou seja, aqueles para os quais a droga assumiu uma posição de centralidade tal que permanecem a maior parte do tempo nos territórios de acesso à droga, em uso continuado, abandonando outros laços de trabalho, escola, família. Os recursos financeiros são consumidos para acessar a droga. Não é raro o endividamento com traficantes, com o consequente risco à vida, decorrente da cobrança pelas dívidas contraídas. Alguns se envolvem na prática de delitos, meio de acessar recursos para custear o uso, especialmente quando outras fontes de financiá-lo já não se tornam possíveis. A interface com o sistema de justiça é uma constante, especialmente para esses usuários.
Neste sentido, compreender o universo
relacional e simbólico dos usuários, bem como as redes que se tecem
cotidianamente no circuito de acesso e uso da droga no contexto urbano, fornece
elementos fundamentais para traçar intervenções que possibilitem o encontro com
o usuário, com seu universo de sentidos e práticas singulares, e, a partir das
possibilidades abertas por esse encontro, a redução dos agravos associados a esta
condição.
Há muito que falar e há muito que fazer para
que possamos, pelo menos, diminuir o impacto que as drogas causam à nossa
sociedade. E mantermos-nos informado, conhecendo a realidade do problema,
conhecendo as causas e consequências da dependência química, conhecendo as
políticas públicas existentes, as diversas modalidades terapêuticas, as
diversas estratégias para tratamento, conhecendo nossos direitos Constitucionais,
é um passo importantíssimo para que o mundo tenha uma significativa mudança
para melhor.
Como eu sempre digo, este assunto sobre
drogas é inesgotável.
Até o nosso próximo encontro.
Eu continuo sendo o Júnior, um adicto em recuperação, limpo, só por hoje!
Abração e bons momentos.
TAMUJUNTU.
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